sábado, 19 de janeiro de 2013

Íracles Pires - 80 anos.

Dia 15 de janeiro de 2013; se tivéssemos prazer de tê-la conosco, minha mãe, Dona Íracles Pires (D. Ica), estaria completando oitenta anos, mas quis o destino que ela tivesse sua obra abreviada de forma trágica em 1979.
Ela era oriunda da família Matos Rolim, cujas origens remontam aos fundadores dessa cidade, mas por conta de seu pai, o Engenheiro Adriano Brocos de posteriormente pelo casamento com Dr. Waldemar Pires adquiriu os nomes com os quais que iria ser conhecida na nossa comunidade e fora dela, apesar de que ela mesma achasse que a fama de sertanejo “nunca ultrapassa a primeira porteira fiscal”, mas, pelo mais que passa o tempo, ela teima em continuar atual.
Vamos relembrar alguns aspectos para embasar o que estou afirmando: Ssem querer usar e expressão evangélica “naquele tempo”, relembro uma conversa que assisti de minha mãe com Sr. Leitão (Francisco que recentemente li as memórias de seu irmão Deusdedit e soube que SEU LEITÃO tinha o carinhoso apelido de CHICOLA). Mas retornando ao motivo desse artigo, ele era secretário da prefeitura na gestão se me recordo bem, Dr. Quirino, e comentava que a Aeronáutica tinha exigido algumas obras para que o antigo aeroporto não perdesse a homologação, e Leitão respondeu, um tanto profeticamente: "D. Ica, se cassarem, a gente constrói outro” ao que ferrovia ela respondeu de modo igualmente profético: ‘Outro, Leitão, só acredito pegando, nem vendo’”. Não sei se foi nessa época, mas depois de mais de trinta anos, minha mãe octogenária ainda não poderia, pegar, pois apesar da enorme e impressionante obra feita as saída oeste da cidade, o que está lá e oficialmente um campo de pouso, a homologação ao ainda está porvir sempre é bom relembrar a promessa de campanha do Senador Vitalzinho, a ligação da Ferrovia Transnordestina até João Pessoa, que colocado pelo senador no plano plurianual, nossa “querida presidenta” nos fez o favor de vetar e ninguém se manifestou, se fosse viva, ela certamente trataria desse assunto com o interesse que está a merecer, fomos desprezados, tratados como estrangeiros no nosso próprio país e todo mundo fica naquela omissão criminosa, a se contentar com as esmolas dos programas sociais.
Esses são pequenos exemplos marcantes na breve, mas produtiva vida de D. Ica, na ocasião surgisse uma ideia; algumas ela tinha e o teatro que vai ser reformado (??) leva seu nome está ai para provar, ela encampava ou liderava e não importava quem estivesse ao seu lado, podiam ser gregos ou troianos, quem quisesse, ou pudesse ajudar ela estava a frente de tudo que pudesse acrescentar a sua terra e sua gente. Continua atualíssimo o seu exemplo.
Provavelmente não seria por acaso que quinze dias antes de seu aniversário, a primeira mulher toma posse como prefeita de nossa cidade; tanto aqui, quanto onde ela está, poderíamos considerar um bem vindo presente. Se viva e octogenária, ela, juntamente com todas as mulheres cajazeirenses se consideraria homenageada.
Fica o registro dessa data, que deve ser relembrada por nós, seus descendentes, e por toda a nossa comunidade, quem fez em vida, deve ter seus feitos proclamados depois de mortos, é nossa memória, o que nós humanos nos distinguimos dos irracionais, apesar de determinadas vezes sermos tão parecidos...

Saulo Péricles Brocos Pires -Engenhe!ro Mecânico, filho de íracles Pires, residente em Cajazeiras

Nenhum comentário:

Postar um comentário